Este artigo analisa o impacto de erros na execução da sondagem SPT nos comprimentos das estacas de fundação de um edifício em Franca, SP. O projeto original previa estacas pré-moldadas de concreto com seções de 19,5×19,5 cm (30 tf), 23,5×23,5 cm (40 tf) e 26,5×26,5 cm (50 tf), com comprimentos estimados entre 11 e 13 metros. Uma retroanálise otimizou as seções para 17×17 cm (30 tf), 21,5×21,5 cm (40 tf) e 23,5×23,5 cm (50 tf), mantendo os comprimentos estimados e utilizando martelo de queda livre de 2.800 kg. As sondagens indicaram argila arenosa superficial, sobreposta por argila siltosa mais resistente, com Nspt entre 26 e 46 golpes. Entretanto, as estacas prova apresentaram comprimentos entre 16,70 m e 17,60 m (43% maiores que o previsto). A variação final dos comprimentos ficou entre 10,70 m e 20,50 m (-10,8% e +70,8% em relação ao previsto), evidenciando que a camada de solo competente na maioria das estacas estava em profundidades superiores às sondagens executadas.. Diante disso, ensaios de carregamento dinâmico (PDA) foram realizados, confirmando a capacidade de carga das estacas, mesmo com os comprimentos maiores. Apesar dos erros no SPT em relação à profundidade correta da camada de solo competente, a retroanálise permitiu a redução das bitolas, contribuindo para a sustentabilidade. O artigo detalha o caso, a importância do PDA e o impacto do SPT no projeto de fundações.
Daniel Kina Murakami
Benaton Specialist, São Paulo, Brasil, daniel.murakami@benaton.com.br
Jean Felix Cabette
Benaton Specialist, São Paulo, Brasil, jeancabette@benaton.com.br
Eduardo Eroico Sobrinho
Benaton Specialist, São Paulo, Brasil, diretoria@benaton.com.br
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